A velha parede ao fundo
num imundo verde eterno
imobiliza o desgaste,
o desgosto no rosto
de olhos acidentais na janela.
Ressoam melodias
que não mais se ouvia,
se houve mesmo um tempo
em que se ouvissem.
A velha parede ao fundo
espia das janelas caras curiosas.
O mundo imóvel do lado de fora.
Assim parado há muito tempo.
Na vastidão dos seus ventos
tudo ressoa o eco oco dos mortais.
E o mundo velho não responde,
nem o jardim florido ao redor da janela,
tão mais próximo, fácil de entender.
A velha parede ao fundo
num verde eterno imundo
imobiliza o desgaste.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Tarde de inverno
A verdade enfim este chão que se estende
não há de terminar, eternamente.
Caminha até que só o pó
responda às tuas solas
solitárias.
Quando o verde vier a mente
trouxer saudade da sede que sentia
lambe a terra vez ou outra.
Busca a cada instante
desejar o horizonte
insistentemente realizado.
Quando os pássaros cantarem plenamente
e sentir-se ignorado pelo som,
testa o vento que passa.
Mas tente consciente de um futuro só silente
de apenas esperança
permanente.
não há de terminar, eternamente.
Caminha até que só o pó
responda às tuas solas
solitárias.
Quando o verde vier a mente
trouxer saudade da sede que sentia
lambe a terra vez ou outra.
Busca a cada instante
desejar o horizonte
insistentemente realizado.
Quando os pássaros cantarem plenamente
e sentir-se ignorado pelo som,
testa o vento que passa.
Mas tente consciente de um futuro só silente
de apenas esperança
permanente.
Assinar:
Postagens (Atom)