quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Caminho do mar

Sempre que me vejo dentro
vou pondo fora o que sinto.

Lamento as flores murchas,
carrego comigo as que agüento.

Caminho do mar calmo
vou jogando as pétalas e tormentos,

preenchendo aquele lugar
com o vazio que restar.

Quando tudo estiver cheio
e chegar a hora de expirar

o mar, o caminho e as flores
murchos estarão
pela primeira vez sem dúvida
cheios de todo o vazio que puderem alcançar.