domingo, 19 de junho de 2011

Tardes

Navega solitário pelo universo sem pássaros.
Sente a morte lenta se apoderar de seus passos.
Cheira a flor de lítio no decorrer da noite.
Bebe o contrapasso da madrugada ex-poente.

Olhos aliados lamentaram profundamente
ao seu fracasso e seu
desgaste inevitável
lamento de quem sente.

Lambe a terra vez ou outra,
caminha...
Ouve o canto por onde vazam os sons
sopros de bocas desbotadas.

Não ouve, não vê, não sente.

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